A psicoterapia é um processo singular e profundamente personalizado, que visa atender às necessidades específicas de cada indivíduo. O psicólogo busca entender o contexto da vida do paciente, suas histórias, crenças e valores, criando um plano que é unico e adaptado aos desafios e objetivos daquela pessoa.
Um ponto crucial a se destacar é que os psicólogos não podem prometer resultados definidos. A natureza da terapia é complexa, cada pessoa responde de maneira diferente ao tratamento dependendo de variáveis como o tipo de problema enfrentado, a disposição para o autoconhecimento e mudanças, a relação terapêutica. Prometer resultados taxativos não só seria antiético, como também geraria expectativas irreais que podem prejudicar a evolução do paciente. O processo terapêutico é, por definição, uma jornada de descobertas que requer tempo, paciência e comprometimento.
Nesse contexto, a frequência das sessões é uma parte importante do tratamento. Inicialmente, o ideal é que as consultas ocorram semanalmente, permitindo um espaço contínuo para que o paciente reflita sobre suas experiências e incorpore as mudanças que surgem ao longo do tempo. Após um período de análise e desenvolvimento, pode ser possível espaçar mais as sessões, atendendo ao progresso e às necessidades individuais do paciente.
Cada sessão costuma ter uma duracão de 50 minutos, um tempo que permite a exploração adequada dos temas abordados.
O sigilo profissional é um pilar essencial na relação terapêutica. O psicólogo tem a responsabilidade de manter confidencialidade das informações compartilhadas durante o tratamento, o que é fundamental para criar um espaço seguro e acolhedor onde o paciente possa se sentir livre para se expressar sem medo de julgamento ou repercussões. Essa proteção não somente respeita a privacidade do indivíduo, mas também é um pré requisito para estabelecer confiança e uma boa relação terapêutica.
Há um mito comum de que os psicólogos apenas ouvem, mas a realidade vai muito além disso. No inicio do tratamento, é natural que o profissional escute mais, pois é nesse período que ele coleta as informações importantes para entender o quadro do paciente e as nuances de sua história. Contudo, conforme o processo avança, a intervenção do psicólogo se torna mais ativa, incluindo perguntas, reflexões, validações e até mesmo confrontações, sempre com o intuito de promover a auto compreensão e o crescimento do paciente.
Um dos maiores desejos do terapeuta é ver seus pacientes alcançarem seus objetivos e realizarem suas conquistas. Não há satisfação maior na profissão do que testemunhar o crescimento e o sucesso de nossos pacientes. Assim, a alta é um objetivo a ser alcançado. Entretanto, é importante ressaltar que alguns pacientes podem necessitar de acompanhamento por um periodo mais extenso, enquanto outros optem por continuar por vontade própria, e tudo isso é perfeitamente aceitável.
Por fim, a relação terapêutica é o motor que impulsiona toda a engrenagem da terapia. A qualidade desta relação, construida em respeito, empatia e confiança, é o que permite que o trabalho psicológico seja efetivo. Para saber se o processo deu certo, não existe fórmula mágica: é preciso experimentar, sim, e mergulhar na jornada do autoconhecimento e transformação que a psicoterapia oferece.